O .38 TPC vale a pena? Tudo o que você precisa saber sobre o novo calibre
Nos últimos meses, o calibre .38 TPC tem sido um dos assuntos mais comentados entre atiradores e entusiastas de armas no Brasil. Desenvolvido para ocupar o espaço deixado pelo 9mm, que passou a ser considerado calibre restrito, o novo cartucho passou por um período de regulamentação antes de ser oficialmente aprovado como permitido.
Agora que qualquer cidadão que cumpra os requisitos legais pode adquiri-lo, surge a grande dúvida: o .38 TPC é realmente uma boa escolha? Ele é melhor que o .380 ACP? Como se compara ao 9mm?
Neste artigo, vamos esclarecer essas questões e ajudar você a entender se esse calibre é o ideal para suas necessidades!
Origem do .38 TPC
O .38 TPC (Taurus Pistol Caliber) foi criado pela Taurus em parceria com a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) para atender às mudanças na legislação brasileira sobre calibres permitidos e restritos. Com a nova regra que limita a energia dos calibres permitidos a 407 joules, o 9mm (que possui cerca de 460 joules) foi reclassificado como restrito.
Até então, o calibre permitido mais potente para pistolas era o .380 ACP, com cerca de 259 joules. Foi nesse contexto que surgiu o .38 TPC, projetado para oferecer o máximo de energia possível dentro dos limites legais, sem ultrapassar a restrição imposta pela legislação.
Energia e desempenho
O .38 TPC entrega uma energia média de 390 joules com munição comum, ou seja, cerca de 40% a mais do que o .380 ACP. Isso significa que ele se aproxima do desempenho do 9mm, mas sem ultrapassar o limite de 407 joules determinado para calibres permitidos.
Além disso, sua configuração proporciona um recuo reduzido, o que melhora o controle do disparo e a rapidez na recuperação da mira.
.38 TPC vs 9mm: Quais as diferenças?
Visualmente, as munições .38 TPC e 9mm são quase idênticas. Ambas utilizam o mesmo tipo de projétil, mas o estojo do .38 TPC é aproximadamente 1mm mais curto.
Em termos de energia, o 9mm possui cerca de 460 joules, enquanto o .38 TPC entrega em média 390 joules. Apesar de ser um pouco menos potente, o .38 TPC se destaca pelo menor recuo, que pode ser até 30% inferior ao recuo do 9mm. Isso facilita o controle da arma e melhora a cadência dos disparos.
Penetração balística e eficiência
O .38 TPC atende aos padrões de desempenho exigidos para munições defensivas. Testes indicam que ele alcança aproximadamente 14,5 polegadas de penetração em gelatina balística, dentro dos parâmetros recomendados pelo Protocolo do FBI para munições de uso policial e defesa pessoal.
Versatilidade e aplicações
Projetado para ser um calibre equilibrado, o .38 TPC oferece uma boa combinação de potência e controle, sendo adequado tanto para defesa pessoal quanto para uso em ambientes urbanos e treinamentos.
Com sua performance otimizada dentro das normas atuais, ele se apresenta como uma excelente alternativa para quem busca um calibre permitido com o melhor desempenho possível.
E então, vale a pena ou não?
O calibre .38 TPC é um excelente calibre. Por ser um calibre confiável, baixo recuo, e ser o calibre mais forte permitido para pistolas no Brasil, vale a pena sim confiar no calibre .38 TPC para sua defesa.
Clique aqui para ver os modelos de pistola disponíveis no calibre .38 TPC